segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Cecy Cony: "Vi o meu Anjo"

Cecy Cony (Irmã Antônia) - Autobiografia. Nova edição do livro "Devo Narrar Minha Vida". Irmã Antônia recebeu a graça especial de ver e comunicar com familiaridade com o seu Anjo da Guarda. Este livro conta as histórias desta alma tão bela e pura que foi guiada por um Anjo às alturas da santidade.

















1. O Pai do Céu
no quarto da Mãe amorosa¹

Meu bom Jesus quero cumprir a Vossa Santíssima Vontade. Que eu, a Vossa criaturinha, glorifique Vosso nome e, reconhecendo tudo que por mim fizestes, eu Vos ame ainda mais, meu Deus.

Devo narrar tudo de que me recordo de minha vida. Fá-lo-ei como me sair do coração.

Minha vida considero-a como duas correntes entrelaçadas: uma, a Graça Divina; a outra, a miséria da criatura. Nasci a 4 de Abril de 1900 e a lembrança de minha infância conservo-a a dos 4 anos. Lembro-me tão bem de minha cidadezinha natal, Santa Vitória do Palmar, com seus extensos palmares; da casa paterna; das crianças com quem brincava e até da tarde de 2 de fevereiro de 1904 quando, sentada no degrau da escadinha que dava para o pátio e brincando com o ursinho de feltro, papai veio chamar-me: "Dedé, vem ver o nenê que chegou dentro do cestinho que a grande garça trouxe no bico para a mamãe". Era o meu irmão Jandir.

Lembro-me também que, nesse tempo (1904), já tinha alguma idéia do bom Deus. Lembro-me do crucifixo de pedestal, que sempre estava sobre a cômoda muito alta e que, para enxergá-lo, Acácia, a boa alma preta que cuidou de mim até os 10 ou 11 anos, levantava-me ao colo. Também do grande quadro, representando a Santíssima Trindade, que pendia da parede do quarto de mamãe, assim como de uma piazinha de louça com a Imaculada Conceição. E é só. 

Conhecia o bom Deus pelo nome de Papai do Céu e me recordo de que quem m falou n'Ele foi papai.






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