terça-feira, 7 de outubro de 2014

São José e o Rosário

O Tesouro do Santo Rosário 
(Frei Cristovão Pirolli)

Holy FamilyA primeira vista, este assunto parecer-nos-á pouco a propósito , porém, se bem examinado nos aparecerá de todo oportuno e assaz conveniente, para não dizer necessário. 
     
     São José, nos mistérios gozosos é um Personagem necessário, desempenhando neles uma missão divina:

__ "José, filho de Davi, diz-lhe o anjo, não temas receber Maria como tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. E dará à luz um filho ao qual porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados." (Mt. I, 20, 21)

São José, na gruta de Belém, começa sua missão de Pai adotivo do Salvador do mundo.
Na apresentação do Menino JESUS no templo, são os pais, Maria e José que o resgatam qual filho do homem. Na fuga para o Egito é São José quem recebe a ordem: foge para o Egito. 

     No mistério, Jesus perdido no Templo, é de São José que a Santíssima Virgem fala a Jesus: _"Filho, porque procedeste assim conosco? Eis que teu Pai e eu te procurávamos cheios de aflição! (Lc. II, 48).
  
São José nos mistérios dolorosos e gloriosos: 

Se Jesus falava com seus Apóstolos e discípulos e mesmo às multidões, tão abertamente do Sacrifício de sua vida no alto de uma Cruz, de três dias no seio da terra, ressuscitando ao terceiro dia, é de se crer, bem fundadamente, que Jesus na longa convivência de quase trinta anos com sua Mãe Maria e São José, tenham eles muitas vezes ouvido a Jesus falhar-lhes de sua Paixão e Morte, vendo-lhe misticamente estampado na fronte a paixão que transbordava do coração:

__"Eu tenho de ser batizado num batismo de sangue, e quão grande é a minha ansiedade até que se cumpra!" (Lc. XII, 50).

          Como não devem eles, Maria e José ter compartilhado  deste batismo e ansiedade durante quase toda uma vida! José, portante, mais que os Santos partilhou das humilhações, sofrimentos e triunfos de Jesus a quem fez as vezes de Pai adotivo. 

        Entre os ressuscitados na hora da morte do Senhor, a ordem e a conveniência designam que o primeiro entre os primeiros que tenha ressuscitado e aparecido para dar testemunho da Divindade de Cristo, seja São José. Na verdade, que mais do que ele podia testificar a Inocência e a Divindade do Filho de Deus?

        Ressuscitam-se esses mortos, de que fala o Evangelho (Mt), e não tornaram a morrer mais; subiram ao Céu, com Jesus, em corpo e alma, como diz Santo Tomás, doutor da Igreja. Em particular, São Bernardino de Sena, São Francisco de Sales. Suarez e os teólogos Josefinos ensinam e afirmam isso de São José. E o Papa Bento XIV proclama que, piamente, podemos crer na ressurreição de São José. 

      Concluindo: nos mistérios gozosos aparece-nos São José como Pai adotivo do Filho de Deus e Esposo castíssimo da Virgem Maria; nos dolorosos, como especial testemunha do Divino Crucificado; nos gloriosos, como o mais distinguido dentre os Santos da Corte Celeste. 

      Como nenhuma devoção é mais agradável a Nossa Senhora que o Rosário, assim, também, nenhuma outra é mais querida para São José do que esta: o Santo Rosário. 

Lembremo-nos, pois, com justiça na reza do Terço glorioso São José, grande Patriarca e Protetor da Sagrada Igreja de  Deus. 

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